Encerrando o Ciclo I do programa de residências Pivô Pesquisa 2021, o evento Campo Aberto reúne entre os dias 21 e 29 de maio desdobramentos dos processos e das discussões coletivas realizadas durante as doze semanas de residência. As propostas serão apresentadas tanto no espaço quanto nos canais digitais do Pivô, incluindo website, mailing, Instagram, Youtube, Spotify e na plataforma Cargo, esta última criada especialmente para hospedar os processos de pesquisa dos residentes.
O Ciclo I, realizado entre 08 de março e 02 de junho, tem participação de Denise Alves-Rodrigues, DUDX, Julia da Mota, Juno B., Laryssa Machada, Noara Quintana, Raphael Escobar e Yná Kabe Rodríguez Olfenza, e acompanhamento curatorial de Cláudio Bueno e João Simões, da plataforma Explode!.
Noara Quintana
Noites d’água, 2021
Látex, seda, resina, metal e led.
A planta Vitória Régia, uma homenagem à Rainha Victoria da Inglaterra, é também conhecida por Irupé (em guarani) e Uapé (em tupi). A “Rainha dos Lagos” se encontra no fluxo de histórias coloniais e modernas de apropriações e importações culturais que marcaram a exploração da borracha no Brasil do século XIX.
Julia da Mota
Quando estamos imóveis, estamos algures, 2021
Aquarela sobre papel de algodão, dimensões variáveis.
Em um contexto de pandemia, onde movimento e contato físico tornaram-se limitados, Julia da Mota busca formas de romper com a restrição das barreiras impostas pela necessidade de se estar imóvel. Enquanto isso, por meio da abstração e como uma forma de meditação visual, a artista questiona a ideia de paisagem como algo a ser olhado de dentro para fora.
Enquanto tudo é dito e feito
Artistas residentes compartilham alguns de seus projetos, referências e pesquisas em andamento. Os conteúdos apresentados respondem às discussões coletivas desenvolvidas no âmbito da residência, informadas pelo pensamento da artistas e filósofa Denise Ferreira da Silva.
Partindo de práticas de inserção e projeção, a mostra Projeto reúne uma série de trabalhos audiovisuais realizados por artistas convidades por residentes do ciclo. A curadoria coletiva explora a ideia de acesso, provocando um alargamento dos próprios limites da residência.
Alice Yura convidada por DUDX
Bianca Kalutor convidada por Yná K. Rodríguez Olfenza
Fernanda Terepins convidada por Julia da Mota
Índio Badaróss e André Okuma convidados por R. Escobar
Raíza Rozados convidada por Laryssa Machada
Tiago Ive Rubini convidade por Denise Alves-Rodrigues
Trojany convidada por Juno B.
DUDX
A exposição do efêmero em mitologia inventiva de um sujeito. Um registro da máscara como animação de uma marginália sagrada.
Noara Quintana
Noites d’água*
A planta Vitória Régia, uma homenagem à Rainha Victoria da Inglaterra, é também conhecida por Irupé (em guarani) e Uapé (em tupi). A “Rainha dos Lagos” se encontra no fluxo de histórias coloniais e modernas de apropriações e importações culturais que marcaram a exploração da borracha no Brasil do século XIX.
Raphael Escobar
Uma catalogação fotográfica de comprimidos de diversos tipos – independente se legalizados ou não.
Yná Kabe Rodríguez Olfenza
Translated: uma impossibilidade de tradução*
Discorrendo sobre a diluição de uma identidade nacional pautada pela linguagem e pela corporalidade das identidades dissidentes, Translated é a reunião trans-traduzida de uma conversa sobre o terrorismo da linguagem. Um experimento sobre como a comunicação e a oralidade rompem as limitações impostas pela cisheteronormativade e seu discurso hegemônico.
Juno B.
ISSO NÃO É UMA METÁFORA, 2021, 7’
Uma pesquisa em andamento sobre a Zona de Litígio entre os estados do Ceará e Piauí. Sobrevivência, destruição, transfigurações — situações de fissura, habitar fronteiras. Uma prática transespécie para abandonar uma ideia de humano. Especular sobre sínteses dos processos de ge(ne)ração de imagem de outras formas de vida que serão possíveis, sejam elas de fuga ou não.
Laryssa Machada
Invazão Brazil, 2021, 10’39
Não há como falar em Brasil sem falar em ficção. Cancelar, através da ousadia, o Plano de Invasão.
Laryssa Machada
às vezes pra acessar a terra precisamos cair
Como criamos formas de estar na terra a partir de uma perspectiva de não-exploração? Como nos ajudamos a nos lembrar dos apagamentos da Invasão Brasil? Como produzimos saúde a partir da união, da criação, dos conhecimentos passados através dos tempos? Na série de podcasts, Laryssa Machada estabelece um diálogo com quatro artistas indígenas, abrindo um canal de comunicação em meio às intempéries históricas na tentativa de assentar novas narrativas.
Com Potyratê Tupinambá, Fykyá Pankararu, Kessia Daline e Morena.
DUDX
A partir da produção dos colegas de residência, DUDX explora a borda de pensamento de seus entrevistados, tentando entender questões que não são diretamente decisivas em suas pesquisas, mas que as circundam.
Com Raphael Escobar, Laryssa Machada, Noara Quintana, Yná Kabe Rodríguez Olfenza e Juno B.
Yná Kabe Rodríguez Olfenza
Cursinho
Apropriando-se de um espaço de aprendizagem privado e hegemônico, Cursinho é uma espécie desleal de palestra-performance interessada na subversão.
26/05, quarta, 19h (duração: 1h)
Participe aqui.
Denise Alves-Rodrigues
Introdução às Metodologias Inúteis
Tutorial básico apresentando o quarto (e último) interesse que permeia as práticas/estudos/testes da artista. Uma breve paisagem, sobre conexões e habilidades e lapsos que compõem o eixo entre as Tecnologias Falhas, Teorias Duvidosas, Ciências Impuras e Metodologias Inúteis.
28/05, sexta, 17h (duração: 1h)
Participe aqui.
Juno B. e Yná Kabe Rodríguez Olfenza
Uma ferramenta de acesso a processos, experimentações e inserções de um ateliê virtual. Virtualidade como possibilidade, hackeamento e tensionamento das perspectivas de inserção e\ou subversão de circuitos.