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Exposição
Volta Grande – Alexandre Estrela
30/03 - 11/05/19
Artista
Alexandre Estrela

Entre suas exposições individuais recentes estão Lua Cão (with João Maria Gusmão + Pedro Paiva), um projeto iniciado em 2017 pela Galeria Zé Dos Bois em Lisboa que itinerou para a Kunstverein München e foi concluída na La Casa Encendida  em Madri em 2018; Knife in the Water, 2018, na galeria Travesía Cuatro, Madri; Ouro Mouro, 2018, no Quetzal Art Centre, Vidigueira, Portugal; Baklite, 2017, no CAV Centro de Artes Visuais, Coimbra, Portugal; Cápsulas de silencio, 2016, dentro do programa Fisuras, no museu Reina Sofia, Madri; Roda Lume, 2016, no Museu de Arte Contemporânea da Antuérpia, M HKA, Bélgica; Meio Concreto, 2013, no Museu Serralves, em Porto, Portugal; Um homem entre quatro paredes, 2013, na Pinacoteca do Estado de São Paulo, Brasil; The Sunspot Circle, 2013, na The Flat Time House, Londres, Reino Unido, entre outras.

Também participou de diversas coletivas e bienais, tais como Anozero – Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra, 2017, curadoria Luíza Teixeira da Freitas; L’exposition d’un Rêve, 2017, no Gulbenkian Foundation Paris, ACMI Melbourne e na TATE Modern, um projeto de Mathieu Copeland; Hallucinations, Documenta 14, 2017,  Atenas, curadoria Ben Russel, entre outras.

O Pivô apresenta a partir do dia 30 de março de 2019 a exposição Volta Grande do artista português Alexandre Estrela com curadoria de Luiza Teixeira de Freitas. A exposição reúne 7 trabalhos inéditos produzidos recentemente em pesquisas realizadas pelo artista enquanto esteve em residência na cidade de Volta Grande, Minas Gerais entre janeiro e fevereiro deste ano. Volta Grande é também a cidade natal do cineasta Humberto Mauro (1897 – 1983) e a residência artística foi uma ocasião para que Estrela entrasse em contato com a obra do cineasta.

 

De acordo com a curadora, “Volta Grande” reúne na base curva do edifício Copan um corpo de trabalho que é fruto das horas mortas e dos passeios concêntricos que Estrela fez em torno de uma casa. Matéria e memória são os fios condutores desta exposição que entrelaça o tempo e o corpo, o vídeo e a escultura. Há algo neste conjunto de peças que ressoa ao infinito pois a imagem existe para além da imagem no diálogo que estabelece com as superfícies de projeção.”

 

Estrela que trabalha principalmente com vídeo e fotografia, se interessa pela relação entre matéria, imagem e percepção. Seus trabalhos sugerem representações da natureza através de diversas tecnologias de reprodução de imagem e discutem os cânones da história da arte, assim como estudos comportamentais, física, acústica entre outras ciências. A relação entre tempo e percepção, história oficial e ficção, memória e matéria estão entre as questões centrais de interesse do artista e que também aparecem nas obras de Volta Grande.

 

O vídeo Águas de Março (2019) mostra o enquadramento de um pedaço encharcado de cedro tropical secando ao sol num dos dias mais quentes registrados em Minas Gerais. Dado o calor, a câmera não aguentou e parou de filmar a poucos segundos da secagem completa. A imagem da madeira é projetada sobre uma superfície de aglomerado. Já em Cupim (2019), a imagem de uma madeira tropical devorada pelo inseto é projetada numa tela de madeira. Os buracos feitos pelo inseto são coincidentes com furos feitos na madeira e a parte de trás da superfície, pintada de azul, revela uma constelação. Em Volta Grande (2019), vídeo que dá nome à mostra, uma fotografia de um tronco da árvore “pau mulato” é projetada sobre um cilindro, colocado em frente a um plano vertical. O tubo incorpora a imagem da árvore e a casca lisa passa a ser a que cobre a sua superfície. Uma imperceptível rotação do tubo revela uma linha horizontal que desenha o seu contorno.

 

Em A Cadeira de H.M. (2019), uma imagem de um assento de uma cadeira empalhada em palha feita por Humberto Mauro é animada ao som da sua voz. . Esta faz um apelo às gerações futuras do cinema brasileiro: “Tenho grande estima pela mocidade brasileira e acredito muito no que ela possa fazer. Aos jovens cineastas desejo que façam verdadeiramente uma grande obra de cinema, para que o Brasil tenha um amanhã cada vez melhor.” No final de sua vida, Humberto Mauro, para alguns o pai do cinema brasileiro, se dedicou a empalhar cadeiras e ao estudo da língua ameríndia Tupi. Mauro acreditava que o cinema, tal como o Tupi, era uma língua que necessitava de uma estrutura para escapar à extinção.

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