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Exposição
Projeto Piauí
14/05 - 02/07/16

Em 2014, um grupo formado por Alexandre Canonico, Bruno Dunley, Isabel Diegues, Luis Barbieri, Marina Rheingantz, Mauro Restiffe e Paloma Bosquê começou a planejar uma viagem de imersão. Guiados pela vontade de fazer uma expedição de observação ao interior do Brasil, escolheram o Piauí como destino, um ambiente desconhecido para todos. As pinturas rupestres e a geografia peculiar da remota região foram fatores determinantes para essa escolha: as Serras da Capivara e das Confusões, declaradas Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, abrigam o maior número de pinturas rupestres do mundo, espalhadas por mais de 600 sítios arqueológicos.

Para além das representações rupestres, cruzar o Sertão do Piauí de carro foi a ideia que seduziu o grupo, que partiu do interior do estado até desembocar na amplitude do mar no Delta do Parnaíba, em uma jornada de doze dias, em junho de 2015.

Na viagem, contaram com a experiência de guias locais para percorrer o território, visitar as formações rochosas e aprender sobre a história dessa parte do Brasil. A experiência de convívio e as travessias da viagem foram intensas, e dessa vivência os artistas destacam o silêncio da região inóspita, a observação do céu, a riqueza da vegetação da caatinga, a luz do sertão, as imensidões planas, a diversidade das formações rochosas, a natureza seca e árida que um dia foi abundante de rios, além do tempo alargado que as pinturas rupestres pré-históricas evidenciam.

Nessa situação de suspensão, os artistas experimentaram de perto a oposição entre natureza e cultura em um contexto e geografia totalmente distintos de sua realidade. Os desdobramentos e impressões dessa experiência serão divididos com o público na exposição que se segue, em que cada artista transmite à sua maneira os vestígios que essa jornada deixou em suas práticas pessoais. Alguns trabalhos foram realizados durante a viagem, usando ou não os materiais encontrados no percurso, e outros feitos já de volta ao ambiente de trabalho de cada um, em que a experiência, tanto da travessia do sertão brasileiro quanto da pesquisa das pinturas rupestres, assume caminhos diversos como fotografias, esculturas, desenhos, pinturas e áudio.

O “Projeto Piauí ” não se apresenta como uma conclusão, uma vez que a viagem não ansiava qualquer objetivo final. As impressões trazidas são resultado de uma desautomatização do olhar de cada viajante e os trabalhos apresentados são fruto da disposição que tiveram para o encontro, antes de qualquer pretensão discursiva. Tomando esse partido, a mostra divide com os visitantes esse exercício de convívio, deslocamento e contemplação a que esse grupo se submeteu, não só durante a viagem, ou em sua preparação, mas também na concepção e montagem da apresentação pública de seu processo.

 

Sobre os artistas

 Alexandre Canonico (1974, Pirassununga) vive e trabalha em Londres. Expôs recentemente na Galeria Marilia Razuk (Brasil), Drawing Room (Reino Unido) e St Moritz Art Masters (Suiça).

 

Bruno Dunley (1984, Petrópolis) vive e trabalha em São Paulo. Exposições recentes incluem o Centro Universitário Maria Antonia (São Paulo), 11 Bis (França) e Instituto Tomie Ohtake, (São Paulo).

 

Isabel Diegues (1970, Paris) vive e trabalha no Rio de Janeiro. É diretora editorial da Cobogó, onde organizou publicações como “Adriana Varejão – entre carnes e mares” (2010), “Pintura Brasileira Séc. XX” (2011) e “Fotografia na Arte Brasileira Séc. XX” (2013).

 

Luis Barbieri (1981, Araraquara) vive e trabalha em São Paulo. É comerciante de grãos, desenha e pela primeira vez participa de uma exposição.

Marina Rheingantz (1983, Araraquara) vive e trabalha em São Paulo. Já teve seu trabalho exposto em instituições como Kunsthal Kade (Holanda), The Museum of Fine Arts (Japão) e Museu de Arte Moderna de São Paulo (Brasil).

 

Mauro Restiffe (1970, São José do Rio Pardo) vive e trabalha em São Paulo. Tem exposições recentes nas instituições K10, Kunzarchive & Projects (Suiça), Inhotim (Brasil) e Garage Museum of Contemporary Art (Rússia).

 

Paloma Bosquê (1982, Garça) vive e trabalha em São Paulo e já expos em instituições como The Modern Institute (Reino Unido), Museum of Contemporary Art Detroit – MOCAD, (Estados Unidos) e Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro (Brasil).

 

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