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15:01 - 29/02/2024
ULTIMA ATUALIZAÇÃO::
A máquina, um projeto de Federico Pérez Villoro

Em seu trabalho, o artista e pesquisador Federico Pérez Villoro (México, 1987) investiga as formas como o poder do estado, das grandes corporações e das instituições se materializam através do uso estratégico das tecnologias de informação.

Por meio de textos, vídeos, imagens de satélite e recursos matemáticos, o artista escrutina o caráter operacional das imagens, permitindo-nos ir além da sua dimensão figurativa, revelando as camadas políticas e interesses econômicos presentes na sua construção e circulação. Convida-nos, assim, a uma espécie de contrapedagogia da vigilância.

Em sua residência no Pivô, no primeiro semestre de 2023, ao fazer uso de tais ferramentas metodológicas, Federico propôs um estudo e aproximação às águas que conformam a cidade de São Paulo, mais especificamente o rio Tietê –ou Anhembi, nome original deste curso de água que em tupi-guarani significa rio verdadeiro. O artista buscou estudar de que maneira a dimensão técnica do que se entende como progresso se sobrepõe aos ecossistemas gerando processos de controle da paisagem e domesticação dos corpos naturais que transformam os cursos de água em objetos técnicos e sujeitos jurídicos.

No projeto desenvolvido durante a residência, A máquina, Federico fabula sobre a relação inversamente proporcional entre os processos de obsolescência do progresso e a sobrevivência de espécies outras que humanas. De alguma forma, refuta a máxima de Heráclito, de que não podemos entrar duas vezes num mesmo rio, uma vez que, mais próximo a Ailton Krenak, questiona nossa agência como humanos na relação com outros seres, e nos convida a ser água.

Mônica Hoff e Ana Roman

 

A máquina
Um projeto de Federico Pérez Villoro

Texto: Federico Pérez Villoro
Trilha sonora: Luisa Lemgruber
Software: Alberto López
Tradução espanhol-português: Ana Roman

Edição em português: Mônica Hoff
Leitura de texto: Julia Sampaio Alves Correa

Agradecimentos especiais à Fernanda e ao Elvis Japão por nos aproximarem da Mata Atlântica com o carinho e o respeito que ela merece e a Mayara Campos e Fernando Maia, do Setor Educacional do Museu da Energia de Salesópolis, pelo tempo e disposição para o diálogo.

Agradecemos também pela cumplicidade e trocas durante a residência a abigail Campos Leal, Aiko, Ana Roman, Cláudio Ribeiro de Mendonça, Diana Barquero Pérez, Erick Peres, Henry Palacio, Jaqueline Santiago, juca fiis, Julia Retz, M0XC4, Marina Schiesari, Martina Mino Perez, Mônica Hoff, Natalia Sosa Molina, Samara Paiva, e a Victor López Zumelzu.

A narrativa do texto faz referência e é informada pelo trabalho de W.V. Quine, Odette Carvalho de Lima Seabra e Suely Rolnik. Agradecemos às mestras, desta e de outras vidas, por abrirem caminhos para a ação e o pensamento.

Desenvolvido durante a residência Pivô Pesquisa 2023, Ciclo 1.

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