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ROCAMBOLE
09/06 - 21/07/18
Artistas
Flora Rebollo
cargocollective.com/florarebollo Flora Rebollo é formada em artes plásticas pela USP e utiliza o desenho como mídia central em sua produção. Entre suas principais exposições se destacam as individuais “Burubu” na Galeria Pilar e “meta-in-proto-pluri- sin-preter-en-forme” no programa de exposições do Centro Cultural São Paulo.
Thiago Barbalho

thiagobarbalho.com

Thiago Barbalho é formado em filosofia e atua como escritor e artista. Publicou os livros “Thiago Barbalho vai para o fundo do poço”, “Doritos” e “Um homem bom” pela editora Iluminuras. Em 2017 participou da exposição coletiva “Voyage” com curadoria de Alexandre da Cunha.
Yuli Yamagata
www.yuliyamagata.com Yuli Yamagata é formada em artes plásticas pela Universidade de São Paulo e já realizou diversas exposições individuais como “Tropical Extravaganza: Paola e Paulina”, no Sesc Niterói, “Honra ao mérito”, no Fórum UFRJ, “X-Caça ao tesouro”, na Pinacoteca de São Bernardo, e coletivas como “Disfarce”, na Oficina Cultural Oswald de Andrade e “Arranjos” e “Arranjos II”, no SAO Espaço de Arte. Em 2016 participou do programa de exposições do Centro Cultural São Paulo, bem como do projeto de Individuais Simultâneas do Museu de Arte de Ribeirão Preto (MARP).   Participou do projeto Aparamento, parceria entre o Pivô e a Yes I Am Jeans para a SP–Arte, com curadoria de Alexandre dos Anjos e do Pivô
Rocambole

O Pivô tem o prazer de apresentar a exposição coletiva “Rocambole” como parte do seu Programa Anual de Exposições, com os artistas Flora Rebollo, Thiago Barbalho e Yuli Yamagata. A proposta, que ocupa a galeria no segundo andar da instituição, é resultado do encontro e de trocas entre os artistas durante sua participação no programa de residências Pivô Pesquisa entre 2017 e 2018.

De algum modo, a forma em espiral do rocambole está presente na produção dos três artistas, tanto nas formas sinuosas dos trabalhos de Yamagata, quanto nos desenhos multicoloridos de Rebollo e Barbalho.  A mostra, no entanto, não pode ser considerada “temática”. A imagem da “espiral doce” veio à tona do entrelace afetivo dos três artistas, que desenvolveram novas relações entre seus trabalhos e o espaço. Os artistas produziram boa parte das obras da exposição em um ateliê compartilhado no Pivô e o que será visto no espaço expositivo é o resultado dos diálogos e os conflitos entre suas práticas.

A sedução cromática e tátil destes trabalhos, ou o riso que podem despertar, a primeira vista, são rapidamente substituídos por uma certa sensação de desconforto. As cores ácidas dos desenhos de Barbalho; vertigem, no movimento sugerido nos desenhos de Rebollo; e pelo estranhamento, nas formas antropomórficas de Yamagata desestabilizam ao mesmo tempo em que atraem o espectador. As formas idiossincráticas criadas pelo trio, oscilam entre a doçura e o desconforto.

Rebollo e Barbalho partem do desenho para criar, cada um a sua maneira, um vocabulário visual complexo que revela uma rede de pensamentos, formas e palavras interconectadas. A matriz de suas composições pode partir desde um acaso gestual ou a vontade de testar um material, até um diagrama de formas previamente planejadas, no caso de Barbalho. Yamagata, por sua vez, realiza uma operação semelhante ao sobrepor e costurar tecidos sintéticos estampados para criar formas orgânicas que invadem o espaço ou se penduram nas paredes.

No espaço desconcertante criado pelos artistas, há trabalhos que sugerem relações com as artes aplicadas e o design. Por exemplo, Rebollo apresenta um de seus desenhos abstratos de grandes dimensões com diversas sobreposições de materiais e recursos gráficos sobre uma base no chão, como um tapete a ser olhado de cima. Enquanto Yamagata apresenta uma cortina de 4 metros em diálogo com a arquitetura, na qual são vazadas diversas formas de olhos, além de uma arara recoberta com massa de biscuit e uma série de calças jeans, desde calças infantis, até peças de tamanhos grandes, estufadas e montadas numa estrutura circular. Numa tentativa similar de lidar com a arquitetura, Barbalho retoma sua prática com o desenho, mas desta vez recobrindo uma escultura inspirada na fita de Moebius e na garrafa de Klein, que anulam as noções de espaço. A peça é instalada de modo a se fundir com espaço e coberta com hachuras, massas de cores e diversos materiais de desenho que também se espalham para as paredes e para o chão.

“Rocambole” é um projeto elaborado conjuntamente pelos próprios artistas em diálogo constante com a equipe e o espaço do Pivô. Também é uma oportunidade de experimentação, pois além de seus trabalhos mais conhecidos, pela primeira vez Yamagata realiza um trabalho em grande escala, Thiago realiza uma escultura como suporte para seus desenhos e Rebollo está fazendo pinturas.

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