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Exposição
“O Incômodo” – Paloma Bosquê @ Hello.Again
29/08 - 19/12/15

O programa Hello.Again, em sua terceira edição, apresenta o projeto “O Incômodo” de Paloma Bosquê. A artista ocupa o térreo do Pivô com uma série de esculturas em latão, mantas de chumbo e breu, a resina vegetal residual na destilação da terebintina. Bosquê vem trabalhando com essa resina há um certo tempo, estudando seu manuseio e testando seus limites: o breu é classificado como um sólido amorfo, ou seja, uma variação do estado sólido sem uma forma geométrica definida e com um arranjo atômico aleatório. Tomando a presença física desse material como ponto de partida, a artista inicia uma batalha inglória: propor uma certa geometria à desordem interna do breu.

O breu aquecido pode ser moldado facilmente, e para tal a artista testa fôrmas variadas, organizando o material em blocos retangulares que se espalham pelo espaço apoiados em estruturas de latão e sob pesadas mantas de chumbo. Esses materiais, de propriedades tão distintas, encontram-se em uma negociação contínua; entre si e com a arquitetura do espaço.

Com o tempo os blocos de breu acomodam-se – ou incomodam-se -, a esses anteparos, reagindo ao seu peso, assumindo seus relevos e moldando-se delicadamente, e a seu tempo, a cada uma das situações propostas pela artista. O atrito entre a organização do latão e do chumbo, a gravidade e a instabilidade do breu situa essas esculturas exatamente onde o repouso encontra o movimento, numa agitação silenciosa que só se observa no tempo.

“O Incômodo” é um projeto que se desvela em sua duração, a movimentação sutil dos blocos de breu tensiona as dimensões do espaço e só se revela a um olhar assíduo, como no famoso fragmento de Heráclito: “transformando-se repousa”.

 

Paloma Bosquê nasceu em Garça-SP, 1982. Vive e trabalha em São Paulo.
Desenvolve sua pesquisa e produção artística em torno de questões que envolvem materialidade, estrutura e fisicalidade em meios variados. Seu trabalho resulta do processo direto de investigação da matéria e suas relações físicas e simbólicas com o espaço e o espectador.Teve sua primeira exposição individual; “Um Ponto Antes” Mendes Wood DM – São Paulo, 2014. Participou de exposições coletivas incluindo; “Building Imaginary Bridges Over Hard Ground” – Pan-Latin America. Art Dubai. Dubai, 2015 – “Ouro – Um fio que costura a arte do Brasil “- Centro Cultural Banco do Brasil – Rio de Janeiro, 2014. “Ultrapassado” – Broadway 1602 – Nova York, 2014. “My Third Land” – Frankendael Foundation. Amsterdam – NL, 2013. “Da Próxima Vez Eu Fazia Tudo Diferente” – Pivô. São Paulo – SP, 2012. “Projeto Imóvel” – Edifício Copan. São Paulo – SP, 2011 e 7ª Bienal do Mercosul – Programa – Ao redor de 4’33” Porto Alegre – RS, 2009.

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