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Exposição
“CORTA LUZ” / LUIZA BALDAN @ PIVÔ
03/08 - 31/08/13

PIVÔ CONVIDA apresenta o projeto Corta Luz, da carioca Luiza Baldan. A artista aluga uma quitinete durante o mês de julho no Edifício Copan e, a partir da relação entre a casa e o ateliê no Pivô, situado apenas alguns andares abaixo no mesmo edifício, desenvolve sua pesquisa. Neste processo, obra e vida se misturam em uma performance dilatada, que começa em casa e se alastra pelo prédio, ateliê e ruas do centro da cidade. A obra não tem um fim em si mesma, sendo uma experiência recorrente na vida da artista, que vai mudando de endereço de tanto em tanto para produzir trabalhos desta natureza.

Luiza Baldan realiza desde 2009 residências artísticas em edifícios emblemáticos, que pertencem ao imaginário coletivo local, relativizando os mitos populares a partir da afetividade adquirida na experiência do habitar. Entre os projetos estão o Pedregulho (Benfica, Rio de Janeiro, habitações sociais desenhadas pelo arquiteto modernista Affonso Eduardo Reidy), a Península (Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, “ecobairro” / “bairro-condomínio” construído em meados dos anos 2000), o edifício Rapozo Lopes (Santa Teresa, Rio de Janeiro, do final dos anos 1930, que possui a maior piscina residencial da América Latina, atualmente desativada), entre outros.

No caso de São Paulo, o Copan é um dos seus maiores ícones arquitetônicos, e por isso é escolhido pela artista para viver durante 4 semanas e como ponto de partida para as investigações em seu entorno. A artista volta seu olhar para as transformações dessa região específica, em parte resultantes de processos de gentrificação e especulação imobiliária, e a repercussão no dia o dia de seus habitantes. A visão de Baldan se foca tanto nos acontecimentos do cenário vertical da cidade quanto na intimidade dos interiores do Copan, e seu olhar transcende a estética dos marcos da arquitetura modernista para deter-se em pormenores do cotidiano local.

Todo o trabalho de ateliê da artista é criado no mesmo lugar em que será mostrado ao público, uma ampla sala do Pivô. Nessa vivência prolongada com o espaço expositivo a artista incorpora a história, a arquitetura e o contexto do espaço do Pivô na sua pesquisa. Esse processo aliado à rotina de inserção progressiva na cidade, caminhando e registrando seu percurso diariamente, faz da proposta de Baldan um projeto não restrito às artes visuais a medida que abre espaço para a discussão sobre arquitetura e urbanismo e o papel da memória.

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