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Exposição
Cordão dos Mentecaptos – Terceiro Movimento – Carne de Carnaval
11/02 - 27/02/16

Sob a égide do Rei Momo, novamente a rua adentra o espaço institucional do Pivô e sua programação vai às ruas. O Cordão dos Mentecaptos é a segunda etapa da mostra Pivô é a Rua, realizada em 2013 no espaço recém reformado do Pivô Arte e Pesquisa. Em sua primeira versão, o espaço institucional no Copan foi ocupado pela rua, abrindo suas portas para skatistas, grafiteiros e músicos e até recebeu uma feira orgânica aberta a toda a população do centro de São Paulo. Essa edição liga o baile privado ao bloco de rua e novamente envolve e convida toda a população do Copan e do centro de São Paulo a se unir aos artistas e músicos e tomar de assalto o espaço público que lhes pertence.

Assim como no carnaval baiano, que vende abadás para arrecadar fundos para viabilizar o bloco, a primeira etapa do Cordão dos Mentecaptos recorreu a um leilão de mortalhas (os abadás da década de 70) exclusivas feitas pelos artistas convidados Adriano Costa, avaf, Erika Verzutti, Fancy Violence, Janaina Tschäpe e José Bento, Lenora de Barros, Lucas Arruda, Luiz Zerbini, Marcius Galan, Marina Rheingantz, Paulo Monteiro, Paulo Nimer Pjota e Patricia Leite.

A segunda etapa – o Baile de Máscaras e Fantasias Mentecaptas – todo criado pelo duo avaf é o ponto de partida da exposição, com pinturas no espaço, máscaras e uma série de estandartes. Na produção desses adereços, se somam ao duo, os artistas Adriano Costa, Alexandre da Cunha, Leda Catunda e Paloma Bosquê. O baile será capturado pela Banda do Bastardo, que arrasta por meio de suas marchinhas os foliões para rua, inaugurando o corso e carregando uma enorme corda criada por Sonia Gomes, além de todos os estandartes e enfeites produzidos para o baile. Puxando o cortejo vem o carro alegórico Ass – Nú de Ouro, concebido por Cibelle Cavalli Bastos em homenagem a uma interpretação remota das origens do carnaval, que localiza o início de tudo na celebração do Asno de Ouro no Egito antigo. Como o próprio nome do carro alegórico indica, ele é uma alusão à parte íntima mais democrática do ser-humano: o cú.

Durante toda a algazarra, Agentes-subversivos-infiltrados-apaisana-color-blocks, estarão misturados ao cortejo, dirigindo e digerindo a ação. Estes agentes são a Commedia dell’arte, o subconsciente do carnaval, o Baile de Veneza. Eles são: Mariano Mattos Martins, Paloma Mecozzi, Isabel Wolfenson e Paulinho in Fluxus. Ao final, na apoteose, o grupo A.B.R.A. Pré-Cá — compositores do honorável Hino dos Mentecaptos — irá estrear mundialmente a sublime composição, além de outras marchinhas de sua autoria.

Ao colocar o bloco na rua, o Pivô realiza um dos pontos mais importantes de sua missão: levar o conteúdo de sua programação, sem mediação, para o espaço público e trazer o movimento da cidade para dentro da instituição de arte. O Cordão dos Mentecaptos é uma exposição que interpreta livremente o carnaval nacional que, até hoje, vem passando por transformações cada vez mais espetaculares, entre o que é dito ser de raiz e o mercado que transforma, regula e ocupa as formas de expressão.

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