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Exposição
Brazil: Arbeit und Freundschaft
15/02 - 15/03/14

O Pivô apresenta a exposição coletiva “Brazil: Arbeit und Freundschaft” idealizada pelo artista Pedro Caetano. Caetano propõe uma mostra sobre exatamente os três elementos contidos em seu nome alemão: Brasil, trabalho e amizade. O projeto promove uma reflexão sobre os processos de curadoria e as relações institucionais ao estruturar a mostra a partir de relações sociais e da convivência sem mediação dos artistas no espaço do Pivô . Marcel Duchamp afirmava não acreditar em arte e sim em artistas, seguindo essa linha, o projeto discute o papel do curador ao dar completa autonomia aos participantes do projeto.

 

A seleção dos artistas participantes se deu da seguinte maneira: Caetano, como idealizador do projeto e primeiro artista, convidou um amigo pessoal e também artista para expor um trabalho de sua preferência no Pivô. Esse segundo artista ao aceitar, deveria convidar um outro amigo artista dando continuidade ao processo até alcançar o vigésimo participante. Os artistas convidados escolhem o trabalho que querem expor e desconhecem os outros participantes, salvo o amigo que lhe indicou.

 

Essa dinâmica tem como objetivo revelar certas tendências e as“turmas”das artes visuais brasileiras através de um experimento proposto e conduzido pelos próprios artistas. O processo de construção da mostra é tão importante quanto o seu resultado, na medida em que torna-se um objeto de estudo e possibilita um diagnóstico bem-humorado do próprio mercado de arte nacional. Essa estruturação “boca a boca” da lista de artistas ao mesmo tempo em que abre uma série de discussões sobre o funcionamento interno do meio das artes visuais promove uma democratização dos processos de curadoria, abrindo espaço para diálogos improváveis e reflexões que não surgiriam em uma exposição de temática pré-concebida.

 

No contexto idealizado por Caetano, cada artista é senhor do seu próprio trabalho e participa ativamente do processo de composição do quadro de artistas da mostra, em que o conjunto formado é o reflexo do rastro estendido por essa teia de relações interpessoais. O projeto expande relação do público com as obras, expondo paralelamente o próprio funcionamento do meio social em que os artistas estão inseridos.

 

Para construir um reflexo eficiente do circuito que pretende questionar, Caetano fez apenas uma restrição: que o “amigo selecionado”seja um artista visual profissional. Nas palavras do artista: Isso excluiria a possibilidade de elementos estranhos ao circuito da arte entrarem na mostra e ela perder sua capacidade de ser denotativa desse circuito; e, ampararia as escolhas pela amizade – o laço social síntese da alegria do exótico povo brasileiro. Por essa mesma toada vem a escolha do nome da mostra, porque ‘está provado que só é possível filosofar em alemão’; além de também estar provado que boa parte do mundo da arte contemporânea gravita em torno das enormes coleções, artistas e curadores daquele país europeu.

 

Os vinte artistas “auto-selecionados” através do método proposto por Pedro Caetano são: Marcius Galan, Marcelo Cipis, Jac Leirner, Antonio Malta, Paulo Monteiro, Suiá Ferlauto, Roberto Freitas, Marcelo Comparini, Barbara Rodrigues, Rodrigo Andrade,Shima, José Alberto Bahia Duarte, Henrique Detomi, Alice Lara, David Almeida, Thales Noor Rocha Nobre, Gregório Soares, Ana Rita Sousa Almeida, Débora Sousa Amor.

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